segunda-feira, maio 17

Meu Pecúlio



Eu era transparente.
Buscando respostas sem perguntar.
Imaginando alegrias,em meio ao mato,
Querendo  me ver sem poder  olhar.

E  eu  era o puro.
Na cidade, mais que o ar.
Soava perfeito o meu mandato,
Mesmo sem precisar falar.

 E eu era o deposto:
Fui de importante a sofredor.
E  em complemento ao desgosto,
Inventei o amor.

E  eu era mais um.
Mais um que não sabia imaginar.
Buscando perguntas malucas,
Para dizer que tentava procurar.

E  eu era o esforçado.
Não abandonando o sofredor”.  
Mas, tenho como complemento
Não ter amor.

E eu era o exato
Que de exato não  tinha nada .
E a minha conta...
Toda  errada.

E eu era  o poeta    
Que tudo queria ver.
Não precisava  falar,
Só  escrever.

E eu sou  ninguém
E ao mesmo tempo todos,
Não me pergunte o porquê.   
                                   
                                            Caio Vinícius

2 comentários:

  1. Opa, nego!
    Tudo certo?
    Espero que sim.

    Obrigado pela visita ao meu estabelecimento e parabéns pelo blog!

    O poema me lembrou "João e Maria", do Chico, por causa das tantas suposições. ^^

    Abraço!

    ResponderExcluir
  2. muito bom seu blog. gostei muito de verdade...

    vou aparecer mais vezes..


    ;*

    ResponderExcluir